19 de fev. de 2012

Tucumã: O salame vegetal do Amazonas

       O tucumã é uma fruta de palmeira natural da Amazônia. Tem sabor salgado e oleoso. Fruto do tucumanzeiro, palmeira que chega a alcançar 10m de altura. Essa palmeira produz cachos com numerosos frutos de formato ovóide, casca amarelo-esverdeada e polpa fibrosa, amarela, característica, que reveste o caroço. A casca é também utilizada para fazer cosméticos. Da sua palmeira aproveitam as folhas, que são bastante resistentes e utilizadas para produção de cordas, redes de pesca e de dormir. Sua madeira é dura e resistente utilizada na fabricação de utensílios em geral.
       Em outras regiões, o tucumã também é conhecido como: acaiúra, acuiuru, coqueiro-tucumã, tucum, tucumã-açu, tucumã-arara, tucum-açu, tucumaí-da-terra-firme, tucumãí-uaçu, tucumã-piririca, tucumã-purupuru e tucum-do-mato.
       O tucumã tem características semelhantes à forma e composição do buriti.
       Em Manaus, a polpa da fruta é consumida in natura ou comumente em recheio de tapiocas, sanduíche, ingrediente para pizza... Comum nos cafés das manhãs regional, e também em alguns pratos típicos da culinária local. Pra quem não é de Manaus, as primeiras mordidas lembra o gosto de madeira.
       O sanduiche de tucumã, o “x-caboquinho”. Feito com pão francês, queijo coalho, tucumã e, em alguns casos, banana frita, ele é a atração principal dos cafés regionais que se espalham pelo estado. Na escola: caboclo é a mistura do branco com o índio. Portanto, o homem da floresta: no seu próprio falar, o “caboco” ou “cabuco”. O termo, especialmente em centros urbanos, pode ganhar conotação pejorativa. Mas, no batizar do sanduíche, o X afastou o risco da referência provinciana e o diminutivo (caboquinho) conferiu um tom carinhoso ao nome. Não é só a sua popularidade que nos chama a atenção: o x-caboquinho na sua preparação levam 2 tucumãs, o que bastaria 1 para suprir as necessidades diárias de Vit A. Logo, o fruto não é só gostoso, também é nutritivo.

Kcal       PTN(g)      LIP(g)      CHO(g)       Vit. A           FIB
 474         5,50         47,20        6,80          5170,00       19,20

X-Caboquinho























                           




Escrito por: Kadu Martins

16 de fev. de 2012

Buriti: Biojóia que vem da floresta



Buriti (Mauritia Flexuosa) é uma das mais singulares palmeiras do Brasil, dela se utiliza tudo, do seu fruto (Buriti) se come naturalmente, se faz doce, sucos, licores e se extrai o óleo, que tem valor medicinal como vermífugo, cicatrizante e energético natural, já de suas folhas geram fibras usadas no artesanato, para fazer, bolsa, brinquedo, toalha de mesa e bijuterias. O talo das folhas serve para fabricar móveis.  Quando a folha é jovem, produzem uma fibra bem fina, chamada de seda do buriti, utilizada para a fabricação de peças feitas com o capim-dourado.
Porém se engana quem acha que os benefícios do Buriti acabam por ai, em uma pesquisa realizada Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas, descobriu-se que o buriti, cultivado no cerrado da região amazônica, revelou altissímo teor de carotenóides em geral 513,87 g/g (microgramas por grama). Isso representa cinco vezes mais do que a quantidade encontrada na cenoura, atual grande representante destes nutrientes. O valor supera os índices de consumo diário recomendado que é de 90 a 180 g/g (ou 9 a 18 mg/100g). E isso em apenas 20 g/g da substância já dão um upgrade na avaliação de qualquer alimento do ponto de vista da prevenção de doenças. 

Para quem não sabe o carotenóide é um corante natural capaz de afastar males como cegueira noturna, catarata e até câncer que devem deixar a fama circunscrita à região amazônica, de onde se originam, para virar celebridades de norte a sul. É uma questão de tempo.
Kcal
PTN(g)
LIP(g)
CHO(g)
FIB(g)
145,0
1,8
8,1
10,2
9,6
Ca(mg)
P(mg)
Vit A(mcg)
Vit C(mg)

156,0
54,0
4104,0
26,0


Alguns exemplos do que se pode fazer com as folhas do Buriti: 


10 de fev. de 2012

Rambutan: Conheça seus benefícios



Da família botânica das Sapindaceae, é conhecida como a delícia do Pacífico. A Rambutan é nativa da Malásia, porém se adaptou muito bem ao clima do Norte do Brasil, sendo cultivada em Rondônia, Amazonas e Pará. Na natureza, a árvore de Rambutan alcança até 24 metros. De sua casca saem pelos típicos. Em cultivo, ela pode atingir até 12 metros de altura. 
Essa fruta que lembra a Lichia ainda é pouco conhecida no país, mas tem benefícios sobre ela, seu fruto é maior e suas sementes são de 30 a 50% menores, dando mais espaço a sua polpa, que é doce e pouco ácida, semelhante à uva.
Dentre seus princípios ativos estão, saponinas, taninos e alcalóides de semente que auxiliam na redução da taxa de colesterol e triglicerídeos sanguíneos, efeito imunogênico, redução da produção de amônia e controle de parasitas. Além disso, o Rambutan contém vitamina C, carboidratos, proteínas, cálcio, fósforo, potássio, ferro e vit. B3.
O extrato da raiz é comumente utilizado para tratar febre e as folhas para aliviar as dores de cabeça.




9 de fev. de 2012

Codajás: A terra do açaí

O açaí é um fruto consumido há muito tempo pelos indígenas e moradores da região amazônica. Ele exerce um importante papel socioeconômico e cultural, pois a bebida obtida a partir de seus frutos tem consumo regional elevado e sua exportação tem aumentado muito nestes últimos anos.
No Brasil, a sua maior produção fica localizado no município de Codajás situado no centro do estado do Amazonas. O município é conhecido como a “Terra do Açaí”. Todo ano é realizada a festa do açaí que em 2012 no mês de abril será a 25º edição. Na festa acontece o desfile das candidatas Rainha do Açaí e toda a infraestrutura do evento é confeccionada da matéria prima abundante da cidade: o açaí.
O açaí é o fruto bacáceo roxo que dá em cacho na palmeira conhecida como açaizeiro. Do açaizeiro tudo se aproveita: frutos, folhas, raízes, palmito, tronco e cachos frutíferos. As populações ribeirinhas do baixo Amazonas utilizam essa palmeira como fonte de renda e para alimentação de suas famílias praticamente ao longo de todo o ano. Cada palmeira produz de 3 a 4 cachos por ano; cada cacho com 3 a 6 kg de fruto.
O açaí é um alimento muito importante na dieta dos habitantes da Amazônia, onde seu consumo remonta aos tempos pré-colombianos. Hoje em dia é cultivado não só na Região Amazônica, mas em diversos outros estados brasileiros, sendo introduzido no resto do mercado nacional durante os anos 80 e 90 como São Paulo e Rio de Janeiro, sem esquecer que a população codajaense os consume a mais de 100 anos, sendo que o município de Codajás é um dos mais antigos do Amazonas e o maior produtor do fruto.
Pra quem gosta do fruto, visite a Amazônia e você desfrutará da rica culinária amazonense, colhido e feito na hora.












Kcal
Ptn(g)
Lip(g)
Cho(g)
Fib(g)

Ca(mg)
Fe(mg)
262
3,60
2,00
57,40
32,70
118,00
1,09
Retinol (mcg)
Vit.B1(mg)
Vit.B2(mg)
Vit.B3(mg)
Vit. C(mg)

11,80
0,36
0,01
0,40
9,00

Analise Química em 100g de Açaí



*INPA. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Manaus. 1998.

Escrito por: Kadu Martins 



4 de fev. de 2012

Guaraná: Uma vida longa

O guaraná é um alimento com muitos benefícios para o ser humano, já que a sua ingestão regular em forma de pó ou xarope pode estar associada a uma vida longa e saudável. Inúmeros são os benefícios do guaraná para a saúde, nele contém muitas propriedades benéficas para a saúde, sendo estimulante do sistema nervoso central, melhorando a concentração e o raciocínio, também diminui a fadiga o cansaço muscular trazendo sensação de conforto, tudo devido a cafeína que é encontrada num alto teor no guaraná
 Tanto prova que o INSS, alertou-se para o número de octogenários beneficiários, em Maués, cidade na Amazônia que cultiva o guaraná, que é praticamente o dobro em que outras cidades, investigando isso foi descoberto que além de durarem mais tempo, doenças como diabetes, hipertensão, reumatismo e problemas de demência são até 60% menores que em outras cidades do país
Vários estudos foram feitos pela UFSM e relataram que os compostos do guaraná tem ação semelhante ao resveratrol, uma substancia muito presente no vinho tinto que ativa os genes que favorecem a longevidade, também contém antioxidantes comuns ao Chá Verde ajudando a combater a obesidade.
São muitos os benefícios, mas deve se tomar cuidado quanto a ingestão, pessoas cardíacas, hipertensas ou com úlcera somente devem usá-lo sob supervisão médica.



3 de fev. de 2012

Camu- Camu: Explosão de vitamina C

       Sabe-se que o atleta tem uma produção maior de ERO (Espécie Reativa de Oxigênio), com isso o mesmo é mais propenso a ter uma recaída no seu rendimento, posteriormente adquirir lesões articulares e até  lesão do DNA. Uma estratégia para prevenir e evitar esse desequilíbrio é a ingestão adequada de alimentos fontes de antioxidantes. A vit. C é um antioxidante presente na dieta do atleta, pois quando este nutriente está em escassez leva ao aumento de ERO. Levando em consideração que níveis elevados de vit. C correlaciona-se também com a formação de desses ERO, por reagirem com o ferro livre.
       Quem nunca ouviu falar nas “berrys”? Amora, framboesa, groselha, mirtilo, gooseberry, cranberry , o famoso morango e até mesmo o açaí? Que também é considerado uma “Berry”. Entretanto, não comentaremos sobre o açaí, e sim do camu-camu, que futuramente ganhará o mesmo nível de importância do açaí,  guaraná e cupuaçu, todas frutas tradicionais da região Amazônica.
O camu-camu é uma espécie tipicamente silvestre, arredondada, de coloração avermelhada quando jovem e roxo-escura quando maduro. Possui polpa aquosa que envolve a semente de coloração esverdeada. São pequenas esferas do tamanho de cerejas, de casca mais resistente do que a acerola, lembrando a jabuticaba, ao se romper, deixa o caldo da polpa, que fica envolto em uma semente única.  O camu-camu frutifica de novembro a março. Mas, por que falar do camu- camu? Os dois alimentos com maior concentração de vit C são acerola e o camu-camu. Enquanto a acerola tem entre 1g a 1,3g de vit. C para cada 100g de polpa, o camu-camu varia seu teor de vit. C entre 2,5 podendo chegar a 6g a cada 100g de polpa, dados fornecidos pelo Instituto de Pesquisa do Amazonas (INPA), que já estão fazendo a extração do produto em forma de pó para viabilizar a comercialização pelo Brasil, assim como o guaraná em pó, já que é a fruta que mais concentra vit. C do mundo.
No Amazonas se busca várias maneiras para utilização desta fruta, por ser bastante ácida, apesar de doce, a fruta é utilizada para preparo de refrescos, sorvetes, picolés, geleias, doces ou licores.
Futuramente o consumo desta fruta fará parte do dia-a-dia da população que busca qualidade de vida.


Escrito por: Kadu Martins


Nome: científico: Myrciaria dúbia
Nomes populares: Caçari, aracá d’água
Origem: Amazônia














Instituto Nacional de Pesquisa da Amazonia (INPA) [acesso 2012 jan 30] Disponível em: <http://www.inpa.gov.br/cpca/areas/camu-camu.html>.

Abiu: Para os falantes de plantão

Quem aqui não tem a vontade fazer alguém calar a boca por alguns minutos? Imagine fazendo isso de maneira educada e ainda ganhar vários pontos positivos com a (o) falante? É fácil! Simplesmente oferece-a (o) Abiu, sim abiu! O abiu não é nenhuma cola ou algum tipo de tampão bucal. O abiu é um fruto do abieiro, uma árvore da família das Sapotáceas, a mesma família do quixaxá, tutiribá, sapoti, etc. Fruto típico da Região Amazônica possui uma coloração amarelada, forma ovoide e casca lisa. A polpa é mucilaginosa e muito doce, podendo ser consumida in natura ou como geléia. Sua árvore pode chegar a 10m de altura e cresce espontaneamente na Amazônia. Mas, o porquê desta fruta fazer a pessoa fechar a “matraca”?
A casca do abiu libera um leite branco e viscoso que é aderente à boca, fazendo com que a pessoa não consiga abri-la com tanta facilidade, quanto mais falar. Os amazonenses aproveitam a fruta de forma in natura, podendo ser conservada por até uma semana quando refrigerada. A fruta é geralmente consumida junto com margarina ou óleo, não que a ingestão da fruta seja acompanhada com tais. O óleo e a margarina são para diminuir a aderência do leite com a boca e é passado imediatamente depois de consumir a fruta.
Entretanto, o abiu não só serve para dificultar o abrir da boca. A fruta
combate às afecções das vias respiratórias. É rica em cálcio, fósforo, proteína, gordura e carboidrato.

Escrito por: Kadu Martins 


Nome científico: Pouteria caimito
                                                                     Origem: Amazônia



Disponível em:
<http://portalamazonia.globo.com/pscript/amazoniadeaaz/artigoAZ.php?idAz=422>
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/abiu/abiu.php>